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Elton John presta homenagem ao Brian Wilson 1c3t4a

Mestres da música se despedem do gênio que reinventou a harmonia 2r595a

12 jun 2025 - 14h56
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Elton Hohn
Elton Hohn
Foto: The Music Journal

O mar está um pouco mais quieto desde quarta-feira. As ondas que um dia embalaram o som dos Beach Boys agora carregam a lembrança de seu timoneiro mais brilhante. 56w3s

Brian Wilson, o homem por trás de clássicos como God Only Knows, California Girls e Good Vibrations, partiu aos 82 anos. A notícia, divulgada pela família, deixou o mundo da música em luto  e em reverência.

Apesar de a causa da morte não ter sido revelada, era público que Brian havia sido diagnosticado com demência no início de 2024. Mas nada disso apaga o impacto de sua existência. Muito pelo contrário.

A partida do artista reacendeu, nos colegas e fãs, o reconhecimento de um talento que nunca se encaixou nos moldes fáceis e, por isso mesmo, se tornou eterno.

Um dos primeiros a se manifestar foi Elton John, que não economizou no carinho nem nas memórias. Em seu Instagram, o cantor publicou uma foto antiga ao lado de Wilson num estúdio. Na legenda, não apenas exaltou o músico, mas também o amigo.

"Ele foi minha maior influência como compositor. Um gênio musical, um revolucionário. Um verdadeiro gigante." E completou com uma lembrança afetiva: "Ele cantou 'Someone Saved My Life Tonight' num tributo em 2003. Foi um dos momentos mais extraordinários da minha carreira".

Brian Wilson era do tipo que os músicos escutam com lápis na mão e olhos fechados. Cada camada de som, cada arranjo vocal, cada escolha harmônica revelava uma mente que via mais longe.

Bob Dylan, outro mestre da caneta e da canção, resumiu sua dor de forma simples: "Pensei em todos os anos que o ouvi e irei sua genialidade. Descanse em paz, querido Brian".

Nancy Sinatra, que dividiu os microfones com ele em California Girls, declarou que cantar ao lado do maestro das praias foi "uma das maiores emoções da minha vida". Mick Fleetwood, do Fleetwood Mac, afirmou que todos os que amam música devem agradecer pelo "toque mágico e genial de Brian".

E usou uma expressão que resume o sentimento geral: "Uma grande perda mundial".

Sean Ono Lennon, filho de John Lennon, não poupou palavras para descrever a dimensão do ídolo:

"Ele era o nosso Mozart americano. Um gênio único, de outro mundo". O músico também lembrou o lado humano de Brian  a generosidade, a gentileza e a sensibilidade rara, qualidades que transbordavam de suas músicas e também de seus gestos nos bastidores.

Elton John: O som da eternidade em três acordes e uma ideia 65s3s

Brian Wilson não foi apenas um líder de banda nem apenas um compositor. Foi um arquiteto da emoção. Um homem que desafiou as fórmulas do pop ao colocar a alma como o principal instrumento. Seus discos não eram apenas álbuns, mas experiências.

Pet Sounds, lançado em 1966, é talvez o exemplo mais claro: uma aula de arranjo, coragem artística e humanidade.

Ele lidou com demônios internos, sim. Transtornos, crises e silêncios. Mas, paradoxalmente, sua música foi sempre sobre luz  sobre juventude, amor, esperança e também melancolia. Brian Wilson entendeu antes de todos que a música pop podia ser simples sem ser rasa, profunda sem ser densa, ível sem ser descartável.

Agora que ele se foi, resta a certeza de que sua obra continuará viva. Não apenas nas playlists, mas nos artistas que formou, nos corações que tocou e no oceano de notas que deixou à deriva para sempre.

Porque se existe um som capaz de atravessar o tempo, é aquele que vem do coração. E nisso, Brian Wilson sempre foi insuperável.

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