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O maior acerto do rock brasileiro dos anos 80, segundo Lobão 494t2c

Músico carioca reflete sobre o panorama de 40 anos atrás e diz que o estilo conseguiu se inserir entre o cancioneiro popular 1n2q33

12 jun 2025 - 13h05
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Lobão em 2025
Lobão em 2025
Foto: reprodução / YouTube / Rolling Stone Brasil

Lobão esteve entre os artistas que participaram da efervescente cena do rock brasileiro na década de 1980, o chamado BRock. O músico carioca lançou seus principais discos naquele período e se conectou com outros nomes da época, como Cazuza, Barão Vermelho e Os Paralamas do Sucesso, por exemplo. 5o6b6g

Olhando em retrospecto, o cantor e compositor evita romantizar o período. E vai além: lamenta que exista uma espécie de nostalgia "mórbida" pelo ado do estilo.

Por outro lado, ele busca ser justo ao reconhecer que o rock nacional dos anos 1980 teve pelo menos um grande acerto.

Em entrevista à Veja, Lobão explicou que o que mais lhe agrada ao rememorar aquela época é perceber que o rock conseguiu se inserir entre o "cancioneiro da música popular brasileira". Ou seja, segundo ele criou conexões duradouras com a população e, enfim, absorveu a língua portuguesa.

O artista disse:

"Uma coisa que eu não tinha atentado é que os anos 1980 tiveram uma característica singular: eles inventaram a melopeia do rock brasileiro. Nos anos 1970, você teve alguns rasgos disso, com os Mutantes, com a Rita Lee e o Raul Seixas. O grande barato dos anos 1980 foi levar o rock para dentro do cancioneiro da música popular brasileira."

Lobão exemplifica sua tese citando Renato Russo, da Legião Urbana, e seu saudoso amigo Cazuza:

"Você pega as músicas do Renato e do Cazuza, todas elas soam naturais. Parece que o idioma finalmente casou e com beneplácito do próprio tempo a gente percebe isso. Com a distância, percebemos que se tornaram verdadeiros clássicos da música popular brasileira, não só do rock."

Lobão na década de 1980 t6i4x

Lobão também lançou trabalhos e músicas marcantes no período, dentre eles o álbum Vida Bandida (1987), que vendeu cerca de 350 mil cópias. Nele constam hits do artista carioca, como "Vida Louca Vida", "Blá Blá Blá... Eu Te Amo" e a faixa-título.

O artista revisitou todo o rock da década de 1980 em um livro lançado na última década: Guia politicamente incorreto dos anos 80 pelo rock, escrito por ele. Em entrevista a Igor Miranda publicada no site Whiplash, ele refletiu sobre os méritos do período:

"Nos anos 1970, houve um desenvolvimento instrumental muito grande. E exceto o Tutti-Frutti, que já vinha dos Mutantes, e o Raul Seixas, cujas letras soavam bem, a maioria era muito esdrúxula, pela própria sonoridade do português com inglês. Nos anos 1980, houve uma entrada do cancioneiro popular brasileiro nessas canções de rock. O idioma se introjetou na melodia da canção. A partir dos anos 1980, você tem obras-primas e foi isso que me chamou muito a atenção. Na época, eu nem ouvia os discos porque me irrita muito a sonoridade. Os meus próprios também... poxa, depressão, né?"

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