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'Guerreiros do Sol', novela com produção grandiosa, é trama de amor e vingança em meio ao cangaço 4pu3r

Protagonizada por Thomás Aquino e Isadora Cruz, novela original do Globoplay é livremente inspirada na história de Lampião e Maria Bonita e traz temas como luta pelo voto feminino e o amor entre duas mulheres 4b676l

11 jun 2025 - 09h41
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Canta Zé Ramalho na canção Mulher Nova, Bonita e Carinhosa que Virgulino Ferreira, o temido Lampião, assim como outros guerreiros da história mundial, um dia sentiu no coração "o feitiço atrativo do amor". Talvez o que ele não pudesse imaginar era que Maria Bonita se tornasse figura tão importante quanto ele, o temido, valente e vaidoso cangaceiro.

Inspirada na vida de Lampião e Maria Bonita, porém sem compromisso biográfico, a novela Guerreiros do Sol que estreia nesta quarta-feira, 11, no canal por Globoplay Novelas (ex-Viva) e na plataforma Globoplay, com cinco capítulos semanais - são 45 no total -, é uma grande trama de amor em meio à guerra do cangaço, na qual o papel das mulheres é fundamental.

Na trama dirigida por Rogério Gomes, Rosa, personagem de Isadora Cruz, é uma sertaneja simples e sonhadora que desperta o interesse do coronel Elói Bandeira (José de Abreu), influente fazendeiro da região, e do agricultor Josué Alencar, vivido pelo ator Thomás Aquino. Em uma festa na fazenda de Elói, Rosa é alvo da paquera de Josué. Isso é o suficiente para detonar a peleja entre as famílias.

Quando o delegado da região tortura e mata o pai de Josué, por influência de Elói, o sertanejo e seus irmãos, Arduíno (Irandhir Santos), que se revelará o grande vilão da história, Milagre (Ítalo Martins) e Sabiá (Vítor Sampaio), influenciados pelo cangaceiro Miguel Inácio (Alexandre Nero), formam seu bando, em busca de vingança.

Produção de caráter grandioso - são cerca de 50 atores, grande parte deles, nordestinos - Guerreiros do Sol foi gravada durante oito meses - dois deles no Sertão Nordestino, em lugares por onde o Cangaço ou nas décadas de 1920 e 1930, como as cidades de Piranhas, em Alagoas, e Canudos e Paulo Afonso, na Bahia.

Filho de pai cearense, mãe paraibana e nascido em Recife, Thomás Aquino já havia estado, em 2009, na Trilha de Angicos, em Piranhas, onde uma emboscada da polícia encurralou o bando de Lampião, em julho de 1938. Voltou agora para viver Josué.

Além de Rosa, outras mulheres são protagonistas em Guerreiros do Sol. Otília, irmã de Rosa, interpretada por Alice Carvalho, é interessada pelo mundo, descobre uma nova vida quando vai morar na casa do coronel Elói. Vive um romance com Jânia, personagem de Alinne Moraes, mulher de Idálio, filho de Elói. Jânia defende o voto feminino - e foi livremente inspirada em na educadora e feminista potiguar Nísia Floresta.

Ainda estão no elenco nomes como Daniel de Oliveira, Gustavo Machado, Nathalia Dill, Marcélia Catarxo, Luiz Carlos Vasconcelos, Augusta Ferraz, Pedro Wagner Silva e Kelner Macedo. O título Guerreiros do Sol é emprestado do livro homônimo do historiador e escritor Frederico Pernambucano de Mello, que atuou como consultor de pesquisa do projeto.

O lado certo, o lado errado e o que manda d3ld

No terceiro capítulo de Guerreiros do Sol, o coronel Elói diz para quem quiser ouvir que existem três lados na vida: o certo, o errado e o de quem manda. No caso, ele é o homem rico e influente da cidade de Santa Cruz, onde a história da novela se a.

Ocorre que nem todo mundo se sujeita a abaixar a cabeça para quem acha que tem o comando nas mãos. Quando o cangaço começou a derrubar as cercas do sertão, as estruturas de poder foram colocadas à prova.

Além de desafiar o coronel Elói, o bando liderado por Josué também enfrenta a lei - e se beneficia dela, tal como fazem os coronéis de patente imposta. A munição é comprada das mãos da polícia e eventuais conluios com ela e com políticos não são descartados.

Nesse sentido, Guerreiros do Sol coloca o tema do cangaço em debate, embora esse não seja o foco da trama: Banditismo? Crime organizado? Resistência social? Robin Hood à brasileira? A personagem Rosa, que também é a narradora da trama, deixa claro qual a visão dos autores.

"Os cangaceiros são bandidos, estão à margem da lei, mas não apontamos o dedo. Colocamos eles na arena para, nos confrontos dramáticos, falarem sobre questões humanas", diz George Moura. Para o autor, havia uma preocupação maior: não mostrar um cangaceiro estereotipado, "enfezado e cruel". "Nosso cangaceiro se apaixona. Gosta de festa, vibra, pulsa, tem preocupação social", diz.

Sérgio Goldenberg afirma que os artifícios dramáticos, típicos do folhetim, ajudam a levar Guerreiros do Sol adiante de forma atraente, sem a preocupação em ser fiel à história real ou entrar nas diversas polêmicas que até hoje envolvem o cangaço. "Josué é o protagonista da história, mas é um bandido. O antagonista dele é o próprio irmão, Arduíno, que se torna policial. O outro irmão é padre", exemplifica Goldenberg.

Thomás Aquino também não se rende totalmente aos encantos de seu Josué. "A ideologia do Cangaço, como e para que ele se formou, é fundamental. Nesse sentido, me considero um cangaceiro. Quero e gosto de bater de frente com as atrocidades e a falta de democracia que ocorrem atualmente. Mas o que me quebra é o poder que, quando entra na cabeça das pessoas, as transforma. Houve muitas atrocidades (no cangaço) que não sou de acordo", diz.

Isadora Cruz conta que cresceu cercada de lendas sobre o Cangaço em sua família. Uma delas diz que o bando de Lampião invadiu a fazenda de sua avó, na Paraíba.

"Aprendi muita coisa com Guerreiros do Sol. Lampião era um estrategista, estudioso. Cultura é poder. E ele entendeu isso. Ele consagrava Jurema (tradição religiosa nordestina) e a Ayahuasca, tinha contato com a sabedoria da floresta. Esse universo me intrigou muito", conta.

A atriz reivindica que Guerreiros do Sol ganhe legendas em inglês. "É uma história que deveria ir para o mundo. É autêntica, rara. Mostra a vida do sertanejo, se aprofunda nas relações. É um épico brasileiro", finaliza.

Como assistir: 72131s

  • No Globoplay, com blocos de cinco capítulos por semana
  • No Globoplay Novelas, de segunda à sexta-feira, às 22h20, com com reapresentação às 6h10 e às 16h15
  • Primeiro capítulo na TV Globo, no dia 2/7, após Vale Tudo
  • Na TV Globo em 2026
Estadão
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