Script = https://s1.trrsf.com/update-1749766507/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Lula defende Haddad e critica deputados que 'gravam perguntas e saem correndo'; veja vídeo 6h1t6w

Presidente reconhece 'clima muito ruim' na Câmara, em meio ao ime do IOF, e disse que não foi eleito para 'fazer benefício para rico' 6q372e

12 jun 2025 - 14h30
(atualizado às 19h00)
Compartilhar
Exibir comentários

3f3o6j

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quinta-feira, 12, e, sem mencionar o episódio protagonizado na Câmara dos Deputados com deputados bolsonaristas na véspera, disse que deputados "gravam a pergunta deles e saem correndo para não ouvir a resposta".

"Não é possível imaginar que você pode fazer política com o desgraçado de um celular, falando mentira para todo mundo, falando mal de todo mundo e fazendo provocação. Essa turma que estou falando, quando vai um deputado na Câmara prestar depoimento, eles pegam o celular, gravam a pergunta deles e saem correndo para não ouvir a resposta", disse em discurso em Mariana (MG).

Lula não mencionou, mas a fala remete à participação de Haddad na Câmara nesta quarta-feira, 11, na qual o ministro discutiu com os deputados bolsonaristas Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ).

Durante sua fala, Haddad classificou como "molecagem" o fato de os deputados terem feito questionamentos e apontamentos sobre as contas públicas e deixado a sala de comissões antes de ouvir as respostas. Depois, os deputados retornaram, iniciando um bate-boca com o ministro. O tumulto levou ao encerramento da audiência.

O presidente itiu que há um "clima muito ruim" na Câmara dos Deputados, num momento em que o governo enviou ao Congresso medidas de arrecadação como compensação ao recuo parcial no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

"Na Câmara, é um clima muito ruim; tem deputado que não quer falar, ele só quer pegar o celular, olhar na cara dele, falar uma bobagem e ar para frente", disse o presidente no discurso.

'Eu não fui eleito para fazer benefício para rico' 2q3ix

Lula também afirmou que não foi eleito para "fazer benefício para rico". De acordo com ele, os ricos recebem R$ 860 bilhões em isenções fiscais - em referência ao montante de gastos tributários, segundo Haddad - e o Brasil vive uma "sina desgraçada de que pobre tem que nascer e morrer pobre".

"Eu não fui eleito para fazer benefício para rico. Eu quero que eles ganhem o que eles têm direito. Eu não quero impedir que eu bote as pessoas mais pobres na escola, eu não tive escola e oportunidade. Eu quero garantir que o filho de uma empregada doméstica possa disputar a mesma vaga na universidade que o filho da patroa dela, e que vença o melhor", afirmou.

Lula disse que sua gestão encaminhou ao Congresso Nacional o projeto de lei que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil. Segundo o presidente, o governo tenta corrigir o País que, após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, vive um processo de "decadência e destruição".

"Estamos tentando corrigir esse País, e é muito difícil porque esse País teve, depois do governo da Dilma, esse País entrou em um processo de decadência e destruição", afirmou.

Lula também criticou a discussão sobre desindexação do salário mínimo de benefícios sociais. Segundo ele, o crescimento anual do PIB é um reflexo da riqueza produzida pelos mais pobres.

"O mínimo é o mínimo. É tão pouco. O que a gente faz? Quando a gente dá inflação, a gente não está dando aumento, a gente está apenas fazendo uma recomposição do salário. Quando que a gente dá aumento? Quando o PIB cresce 3% é resultado da riqueza produzida por todos vocês", disse Lula.

Nesta quinta, Lula participou de uma cerimônia para anunciar avanços do Acordo Rio Doce em Minas Gerais. O projeto busca reestruturar a região da Barragem do Fundão, rompida em novembro de 2015.

'Vale é do Brasil, e não o Brasil que é dela' 6y45w

Sobre a Vale, Lula disse que a nova diretora da companhia sabe que "ela é do Brasil" e está conversando com o governo federal, movimentos sociais e sindicatos sobre a reconstrução da região do Vale do Rio Doce.

"Nova diretoria da Vale está conversando com o governo, quer conversar com movimentos e sindicatos. A Vale sabe que ela é do Brasil, não é o Brasil que é dela", afirmou.

Ele afirmou que a mineradora era a 1ª ou a 2ª empresa do ramo no planeta, mas caiu para a 14ª posição durante os governos dos ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro. O presidente disse ainda que a Vale era "muito forte" quando era uma estatal.

"A Vale perdeu, ela era muito forte quando era do Estado. Eu quero é que ela se recupere e volte a ser a primeira e que ela cresça. A Vale tem que saber, e a nova diretoria sabe, que a relação com o povo tem que ser respeitosa e civilizada", disse o presidente.

3m4y29

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade