Script = https://s1.trrsf.com/update-1749766507/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

O que muda com pacote de medidas para substituir aumento do IOF 3y6f

Sob pressão de empresários e Congresso, Fazenda recua de decreto de maio; governo troca alta do IOF por taxas em bets e investimentos 1q634p

12 jun 2025 - 09h46
(atualizado às 17h09)
Compartilhar
Exibir comentários

O governo federal fez novos recuos na quarta-feira, 11, sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), publicando medida provisória (MP) para elevar outros impostos. A fim de substituir o decreto do IOF, pouco após a sua publicação em maio pelo Ministério da Fazenda, o novo texto eleva as taxas sobre apostas esportivas, conhecidas como bets, e investimentos antes isentos de Imposto de Renda (IR). 3t4w56

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, costurou recuo parcial de aumento do IOF com líders do Congresso
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, costurou recuo parcial de aumento do IOF com líders do Congresso
Foto: DW / Deutsche Welle

As medidas já haviam sido sinalizadas após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter se reunido com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre no domingo. A conversa aconteceu num contexto de rechaço da proposta inicial do governo, que elevava e padronizava alíquotas do IOF, pelo Congresso e pelo setor privado.

Os impostos sobre a indústria das apostas arão de 12% a 18% sobre o rendimento das empresas, calculado após o pagamento de prêmios. Os valores arrecadados pela diferença de 6% "serão destinados à seguridade social, para ações na área da saúde", diz a MP.

Serão cobrados 5% de IR sobre debêntures incentivadas, que permitem às empresas captar recursos para financiar projetos de infraestrutura, e títulos de renda fixa atrelados ao agronegócio e ao setor imobiliário.

Dentre eles, estão as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Os últimos três governos tentaram acabar com a isenção das LCIs e LCAs, mas não conseguiram por falta de apoio dos parlamentares.

Mudanças para fintechs 4x201e

Além disso, a alíquota do IR será unificada em 17,5% para outras aplicações financeiras, ao invés de variar entre 15% e 22,5%, a partir de 2026.

Outra alteração inclui ainda o aumento para 20% do IR em Juros sobre Capital Próprio (J), que correspondem a uma das formas de remuneração do capital investido pelos sócios de uma empresa.

Será também unificada em 15% ou 20% a Contribuição Social Sobre Lucro Líquido para instituições financeiras, eliminando a alternativa de 9% que existia antes. Na prática, as fintechs estarão sujeitas às mesmas taxas que bancos tradicionais.

Recuo Parcial no IOF 6217

Permanece parcial o recuo do governo sobre o aumento do IOF, que, na prática, encareceria negócios de câmbio e crédito para consumidores e empresas, sobretudo transações internacionais. A alíquota para empresas, que havia sido estabelecida em 0,95% no decreto de maio, agora voltou para 0,38%.

Além disso, desacelerou o plano de aumentar a taxação de previdências privada na modalidade Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), um plano de investimento de longo prazo, no qual o investidor faz aportes tanto periódicos como únicos. O novo decreto transformou o que havia sido pensado como mudança imediata numa transição até o próximo ano.

Até o fim de 2025, aportes para uma mesma seguradora superiores a 300 mil reais terão o valor excedente taxado em 5%. Em 2026, o valor anual máximo será de 600 mil, consideradas todas as seguradoras de um mesmo titular. Antes, eram apenas taxados aportes mensais superiores a 50 mil reais.

Ponto de atrito com o empresariado, as operações de risco sacado, em que bancos adiantam pagamentos de empresas para fornecedores, também tiveram a alíquota de 3,95% revertida. ará a vigorar uma taxa diária de 0,0082%.

Ainda não há estimativa de arrecadação com as novas regras. A previsão da equipe econômica com o decreto do IOF era engrossar o caixa do governo em R$ 20,5 bilhões neste ano e R$ 41 bilhões em 2026. O ajuste é parte de um pacote mais amplo de contenção de cerca de R$ 31 bilhões em gastos, com objetivo de equilibrar as contas públicas.

Pressão de afetados t1s4t

Em geral, tentativas de alterar isenções fiscais, que são impostos que o governo deixa de recolher para incentivar alguns setores da economia, encontram resistência do empresariado e de lobbies de diversos grupos em Brasília.

Seis horas depois da publicação do decreto do IOF em maio, o governo fez a primeira concessão ao restaurar a alíquota zero sobre aplicação de investimentos de fundos nacionais no exterior. O decreto estabelecia alíquota de 0,38%. "Este é um ajuste na medida - feito com equilíbrio, ouvindo o país e corrigindo rumos sempre que necessário", disse o Ministério da Fazenda.

Diante da proposta inicial do governo, Motta chegara a abertamente criticar o governo numa rede social, acusando o Executivo de gastos excessivos. Confederações da indústria, do agronegócio e do comércio am um manifesto contra o decreto do IOF, pedindo a sua anulação pelo Congresso.

Por sua vez, a Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) reagiu negativamente à proposta de aumento da taxação das bets, argumentando que a medida favorece plataformas não licenciadas e gera baixa arrecadação.

A MP ainda precisa ser aprovada pelo Congresso, que não garantiu um resultado positivo para o governo, apesar da negociação da Fazenda com Motta e Alcolumbre.

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade