Irã responde aos ataques de Israel com 100 drones; Tel-Aviv diz que está interceptando 5o736c
Israel apontou que realizou ataques contra instalações de mísseis do Irã para prejudicar a resposta militar de Teerã a ofensiva israelense 3e3n6k
TEL-AVIV - O Irã lançou 100 drones contra o território israelense na madrugada desta sexta-feira, 13, em resposta aos ataques de Israel contra as instalações nucleares iranianas e membros da alta cúpula militar do país persa. Israel diz que interceptou a maioria dos drones, mas o ataque ainda não acabou. 2a4i10
Um oficial israelense afirmou à Associated Press (AP) que cerca de 200 aeronaves israelenses conduziram operações no Irã nas últimas horas para danificar os sistemas de defesa aérea do país persa, as instalações de fabricação de mísseis balísticos e os foguetes que estavam prontos para serem lançados contra Tel-Aviv. A autoridade afirmou que dezenas de instalações de radar e mísseis terra-ar foram destruídos.
Autoridades de segurança de Israel disseram à AP que a agência de espionagem israelense, Mossad, contrabandeou armas para o Irã antes dos ataques desta sexta-feira, que foram usadas para atingir suas defesas internas.
Os oficiais apontaram que uma base para lançamento de drones explosivos foi estabelecida dentro do Irã e que os drones foram ativados durante os ataques para atingir lançadores de mísseis em uma base iraniana perto de Teerã.
Israel também contrabandeou armas de precisão para o centro do Irã e as posicionou perto de sistemas de mísseis terra-ar. Segundo os oficiais, Tel-Aviv também instalou sistemas de ataques em veículos, que foram ativados para prejudicar as defesas iranianas.
Programa nuclear 2h2u5m
Durante a madrugada, Israel diz ter atacado a principal instalação de enriquecimento nuclear do Irã em Natanz, atingindo um complexo subterrâneo que abrigava centrífugas. Tel-Aviv também atacou pelo menos seis bases militares ao redor da capital, Teerã, residências em dois complexos de alta segurança para comandantes militares e vários prédios residenciais ao redor de Teerã, de acordo com informações do jornal americano The New York Times, citando quatro autoridades iranianas de alto escalão.
O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou que não havia indícios de ataques a outras duas grandes instalações nucleares iranianas: o centro subterrâneo de enriquecimento de urânio em Fordow ou a instalação de combustível nuclear de Isfahan.
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, descreveu os ataques como um último recurso para evitar um Irã com armas nucleares, que Israel vê como uma ameaça existencial. Esta foi a primeira vez que Tel-Aviv atingiu com sucesso as instalações nucleares de Teerã após anos de preparação. Embora a extensão dos danos nas instalações nucleares ainda não estivesse clara, a escala dos ataques surpreendeu iranianos e israelenses.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel "deveria antecipar uma punição severa". Por enquanto, a resposta iraniana começou com 100 drones, mas o país persa deve responder de outras formas.
Não ficou imediatamente claro se os Estados Unidos, o aliado mais importante de Israel, haviam aprovado o ataque. Durante semanas, os enviados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tentaram fazer um acordo com autoridades iranianas para conter o programa nuclear do país, mas nada foi concluído.
Na noite de quinta-feira, 12, Trump sugeriu que Israel não deveria atacar o Irã ainda porque o ataque "prejudicaria" as negociações nucleares. Depois dos ataques, o presidente americano afirmou que Teerã deveria costurar um acordo com Washington, alertando que os ataques de Israel "só vão piorar".
"O Irã precisa fechar um acordo, antes que não reste nada, e salvar o que antes era conhecido como o Império Iraniano", acrescentou. "Chega de mortes, chega de destruição. Simplesmente faça isso, antes que seja tarde demais", disse Trump na rede social Truth Social. *(Com AP e NYT).
