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TDAH no amor: por que me apaixono tão rápido (e me frustro também) 732l4z

Entenda qual pode ser a relação entre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e a intensidade nas paixões 4wf3v

14 jun 2025 - 14h59
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Você já sentiu como se mergulhasse de cabeça em relacionamentos e se apaixonasse com imensa intensidade, mas, pouco tempo depois, ver tudo desmoronar com a mesma velocidade? Se você tem TDAH, talvez essa montanha-russa emocional não seja apenas um padrão de comportamento, mas parte da forma como o seu cérebro funciona. 293w28

Entenda qual pode ser a relação entre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e a intensidade nas paixões
Entenda qual pode ser a relação entre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e a intensidade nas paixões
Foto: Reprodução: Jonathan Borba/Pexels / Bons Fluidos

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mais conhecido por afetar a concentração, a impulsividade e a inquietação, também impacta profundamente a maneira como nos relacionamos. E, sim, isso inclui o amor.

Intensidade emocional no amor 1d6017

Pessoas com TDAH costumam sentir as emoções de forma mais intensa. A excitação de um novo romance, a troca de mensagens, os planos futuros tudo isso pode ser amplificado. Há uma fome de conexão que, muitas vezes, é confundida com carência, mas na verdade é uma busca legítima por estímulo, acolhimento e reciprocidade emocional.

Essa intensidade também pode se refletir em gestos impulsivos: declarações precoces, planos de vida em comum, entrega total. O problema não está na vontade de amar, mas na velocidade em que isso acontece. Quando o outro não acompanha o ritmo, surgem as frustrações, os mal-entendidos e, o fim das relações.

Quando o coração age antes do cérebro 3n24w

O TDAH é, essencialmente, um transtorno de autorregulação. E isso se aplica também às emoções. A impulsividade, que é uma marca registrada do transtorno, muitas vezes se manifesta no campo afetivo: dizer "eu te amo" cedo demais, entrar em relações sem avaliar se o outro está na mesma sintonia, idealizar parceiros com base em poucos encontros.

Esse comportamento não vem de um lugar imaturo ou inconsequente mas sim da dificuldade de processar emoções gradualmente. A pessoa com TDAH sente agora, reage agora, ama agora. E se frustra agora também, caso não haja reciprocidade imediata.

Carência e medo da rejeição 3c4i5n

Pessoas com TDAH frequentemente enfrentam desafios em sua autoestima. Muitas aram a vida sendo rotuladas como "desorganizadas", "intensas demais" ou "difíceis de acompanhar". Esse histórico pode gerar uma sensação persistente de inadequação, o que alimenta um tipo de carência afetiva baseada no medo de rejeição.

Assim, para elas, os relacionamentos podem virar, inconscientemente, uma tentativa de validação pessoal. E quando essa expectativa não é correspondida, o rompimento pode doer mais do que o normal, desencadeando crises emocionais, ansiedade ou até sintomas depressivos.

Comunicação dificultada 4f6g4v

Outro desafio comum está na comunicação. Quem tem TDAH pode interromper o outro sem perceber, esquecer detalhes importantes ou não conseguir organizar o que sente para explicar. Isso gera conflitos não por falta de afeto, mas por desencontro de códigos emocionais.

O excesso de estímulo mental, típico do TDAH, também atrapalha a escuta. Enquanto o parceiro fala, a mente já está em outro pensamento. Não é desinteresse é sobrecarga.

Então como cuidar da saúde mental afetiva no TDAH? 6u2g2e

Acalme-se e entenda que sim, é possível amar com mais equilíbrio mesmo tendo um cérebro que ama com pressa. Mas é preciso, muitas vezes buscar ajuda para não entrar em mais uma relação fadada ao deslize. Separei aqui um vídeo sobre como melhorar a procrastinação:

Em primeiro lugar, preciso lembrar que a psicoterapia é essencial para ajudar a identificar padrões de relacionamento e a trabalhar o autocuidado emocional. Desta forma, conhecer e se reconhecer no TDAH também é fundamental para entender como ele interfere nas relações e, assim, criar estratégias. Há casos ainda em que a medicação se faz necessária para ajudar no controle da impulsividade, foco e regulação emocional, por isso que um médico psiquiatra também precisa acompanhar de perto esse processo.

E ainda, lembrar que o diálogo é o caminho para a clareza sobre os próprios limites e ritmos. Isso evita idealizações e frustrações desnecessárias. Ter TDAH não significa estar fadada a relações conturbadas. Significa, sim, precisar de mais consciência emocional, comunicação aberta e um olhar gentil para si mesma. No fim das contas, quero te lembrar que o amor que mais cura é aquele que começa em você.

Sobre a autora: 6g6r5f

Jéssica Martani é médica psiquiatra, especialista em TDAH, saúde mental e regulação emocional. Coordena a pós-graduação em TDAH do Instituto TDAH, reconhecida pelo MEC, em parceria com a Universidade Anhanguera. Saiba mais em Instagram e YouTube: @dra.jessicamartani

Bons Fluidos
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